Torneio de robótica reúne estudantes do Pará e de outras cidades do Brasil
No primeiro dia da maior competição de robótica educacional do Brasil, o Torneio SESI de Robótica First Lego League, considerado também um dos maiores do mundo, mais de 160 estudantes entre 09 e 16 anos, de escolas públicas e privadas do Pará, Amapá e Roraima apresentaram ideias inovadoras para solucionar problemas relacionados ao transporte nas grandes cidades. O evento está sendo realizado no SESI Ananindeua, com visitação liberada para pessoas vacinadas contra a Covid-19, mediante apresentação da carteirinha de vacinação.
No Pará, 33 equipes vão participar da categoria Challenge da FIRST LEGO League, operacionalizada no Brasil pelo SESI desde 2004. Esta é a segunda edição do evento realizada de maneira presencial no Estado, sendo que em 2021 a competição foi promovida na modalidade on-line, como medida de prevenção à Covid-19.
A temporada 2022, batizada de Cargo Connect, é voltada para o desenvolvimento de projetos ligados ao transporte e à logística. Durante os dois dias de evento será possível conhecer os projetos criados pelos estudantes e quais as soluções inovadoras que eles propõem para o futuro do transporte. O objetivo é aproximar os estudantes da ciência e tecnologia e desenvolver soluções inovadoras para o futuro do transporte.
Além do aprendizado na robótica, os alunos também são despertados para valores como respeito, ganho mútuo e competição amigável. A competição tem ainda o Desafio do Robô, no qual os estudantes colocam os robôs de Lego para cumprir determinadas missões. Para isso, o robô pode capturar, transportar, ativar ou entregar objetos na mesa de competição, utilizando, por exemplo, guindastes, elevador de obras, drone de inspeção e construções em aço. Tudo de forma lúdica, simulando situações reais.
Para o presidente do Sistema FIEPA, José Conrado Santos, o torneio representa a oportunidade para os alunos, no início da sua aprendizagem, de ter um primeiro contato com novas tecnologias que poderão ser utilizadas para melhorar o futuro da sociedade. “É muito bom poder sediar novamente a etapa regional do Torneio, principalmente nesse tema, do transporte e logística, que são importantíssimos para a nossa região e para a nossa economia que precisa de uma logística eficiente para se desenvolver, então o aluno vai começar a aprender a valorizar essa atividade”, afirma o presidente da FIEPA.
A cada ano, a etapa regional do Pará tem se expandido, atraindo a participação de alunos de diversas cidades do interior do Estado. Ao todo, 16 equipes participantes são provenientes de outras cidades do Estado, representando quase 50% do total de equipes que compõem a competição. Para a estudante Marcelly Cardoso, 11, da equipe Miri Girls, da Escola Municipal Ana Dalila Ferreira de Oliveira, do município de Igarapé Miri, esse foi o primeiro contato com a robótica educacional. “Eu nem sabia que existia robótica até que a escola abriu as inscrições pra gente participar e por curiosidade eu decidi aprender. Quando cheguei hoje aqui, vi que era um evento muito grande, bonito, divertido e acho que isso vai me ajudar no meu ensino, porque além de aprender a fazer o robô a gente também aprende matemática, geografia e várias outras disciplinas e a partir de hoje eu quero seguir em frente e me desenvolver mais nessa área de tecnologia”, afirma a estudante.
Para o Superintendente Regional do SESI-PA, Dário Lemos, o FLL estimula o talento dos alunos e prepara os jovens para os grandes desafios do país. “É muito especial poder ver tantos jovens pesquisadores em um evento de suma importância como é o da robótica, que estimula a criatividade, a inovação e gera soluções para demandas reais do setor produtivo e da sociedade. Essa é uma metodologia que já aplicamos há bastante tempo em nossas escolas do SESI e, com este tipo de torneio, de repercussão nacional, desejamos estimular uma cultura de inovação também em nosso estado”.
O torneio é aberto a escolas públicas, privadas, ongs e equipes de garagem, que podem participar das competições de robô ou apresentar projetos de inovação tecnológica. A equipe Pavulagem, por exemplo, desenvolveu um projeto de scanner de cargas para agilizar o transporte das mercadorias. Para uma das componentes da equipe, a estudante Karen Santos, da Escola pública Albanízia de Oliveira Lima, a participação no evento é um reconhecimento para a equipe. “É muito emocionante. Estamos em minoria no torneio, então vamos dar o nosso melhor e representar bem a escola pública”, falou.