Jovens apresentam projetos inovadores para melhorar a vida nas cidades
Durante o Torneio SESI de Robótica First Lego League, todas as equipes apresentaram projetos de inovação voltados para o tema do evento deste ano, o City Shaper - Construindo cidades inteligentes e sustentáveis. No Projeto de Inovação as equipes precisam apresentar soluções inovadoras para problemas enfrentados pelas cidades como, por exemplo, transporte, acessibilidade ou desastres naturais, sempre atrelando à melhoria dos bairros e das cidades no futuro.
Entre os projetos apresentados neste final de semana, está o Aterro Sambaqui, da equipe Green League do município de Soure, no Marajó (PA), no qual os alunos abordam a utilização da argila para a impermeabilização do lixo, evitando assim que o mesmo tenha contato com a água e libere substâncias tóxicas e chorume. Por se tratar de um município ribeirinho, não é permitido que haja aterro comum na região, pois há um grande risco de contágio com a água o que prejudicaria a pesca, principal meio de sustento dos moradores. "Nós conversamos com um engenheiro ambientalista e ele nos confirmou que nosso projeto é totalmente viável e eficaz, e que a argila vai impermeabilizar o lixo e evitar problemas", afirmou João de Deus, aluno integrante da equipe.
Outro projeto de inovação defendido durante o Torneio é o da equipe de Altamira/PA, a Robotech, que trouxe o Tijolo de Açaí. Um tijolo composto de 30% de caroço de açaí moído e seco o que diminui em 10% o custo de produção de um tijolo comum, porém sem perder a resistência e podendo ser utilizado da mesma forma que um tijolo normal. "A equipe foi até uma cerâmica onde o projeto foi tirado do papel e produzido, o que surpreendeu os trabalhadores do local. Afirmaram que o tijolo de açaí é totalmente eficaz", contou Rafael Fernandes, técnico da equipe.
Há também o projeto da equipe Marco Zero Robotics de Macapá/AP, no qual os alunos propõem uma placa aderente feita de garrafa pet derretida para viabilizar o uso da rampa que dá acesso ao Porto do Açaí, meio que é muito utilizado por pequenas embarcações na cidade de Santana, próximo à capital Macapá. Segundo Danilo Ramalho, técnico da equipe, “a rampa é escorregadia o que dificulta o uso na ancoragem das embarcações. Com a placa muitas pessoas serão beneficiadas".
Os projetos demonstram o comprometimento e dedicação dos alunos e técnicos envolvidos no torneio, em entregar um bom resultado e soluções que visam beneficiar cidades, moradores, estudantes e a comunidade em geral.