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A acessibilidade e a inclusão ganharam destaque nos projetos de inovação do Torneio SESI de Robótica First Lego League Challenge 2024, realizado nos dias 1 e 2 de fevereiro, na sede do SESI Ananindeua.

A equipe “As Marajoaras”, formada apenas por alunas do SESI Belém, desenvolveu uma exposição de arte inclusiva para pessoas com deficiência visual com placas no tamanho de 20 por 20 desenhadas com os grafismos marajoaras.

A estudante Larissa Almeida, de 13 anos, integrante da equipe, explica que a ideia da exposição surgiu a partir de entrevista e conversa com a artista visual Isa Lobato. “É uma experiência muito boa, de verdade, porque ouvir falar é uma coisa, você estar em contato com eles (pessoas com deficiência visual) é outra. Então, realmente, é uma experiência muito emocionante”.

Para ela, a participação no torneio foi especial pela temática voltada para arte. “A robótica é uma área que eu gosto muito, principalmente essa temporada que tem a ver com arte. Eu sempre fui muito chegada à arte e tecnologia, sempre gostei, por isso que eu busquei entrar na robótica”, finaliza.

A presença de equipes formadas exclusivamente por meninas vem crescendo nos últimos anos do Torneio. Para a mentora da equipe, Vera Sheila Lopes, este é um reflexo do incentivo ao interesse pela área. “O SESI quer trazer cada vez mais o incentivo à tecnologia para o mundo das meninas. Cada vez mais, nós, mulheres, estamos ocupando nossos espaços e esse espaço é para todas elas também”.

Outros municípios do Pará e estados do Norte também participam do torneio. É o caso da equipe RobôCast, de Castanhal, que projetou o DDR-6 (Dispositivo Redutor de Ruído 06), protótipo auditivo para tornar as atividades escolares mais agradáveis para as crianças com sensibilidade auditiva ou com o Transtorno do Espectro do Autismo (TEA). “Nós trabalhamos duro e ver o projeto dando certo é muito bom. A gente fica muito feliz em ver que o nosso esforço valeu a pena”, ressalta Maria Cristina Cerqueira, membro da equipe Robôcast. O fone é produzido a partir da fibra da madeira do miriti visando a redução de custos da confecção, além da facilidade de comercialização no mercado.

Os hobbys das equipes participantes também são incentivos para a construção de propostas. A dança, principal diversão da equipe Snake Robots, do SESI Santa Isabel, se tornou motivo de projeto. O “Belt Sound” é um cinto com pontos de contato destinado às pessoas surdas e com deficiência auditiva.

O equipamento funciona por meio de ondas sonoras (bluetooth) permitindo que o usuário perceba a vibração e identifique o início da música por meio do contato. O estudante Marcelo Rodrigues da Silva Lima, de 11 anos, integrante da equipe, conta que a ferramenta foi pensada para independência do usuário na realização de atividades que envolvam a dança, como apresentações musicais e teatrais.

O Torneio SESI de Robótica First Lego League Challenge 2024 conta com 33 equipes de municípios do Pará e estados da região norte do país. A programação segue até esta sexta-feira (02), no SESI Ananindeua. A entrada é gratuita.